quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dirty Ewan!!

Como vocês podem ver, Ewan McGregor está na nova capa da revista OUT, lindo, maravilhoso, tudo de bom, mas incrível mesmo é a entrevista que o cara deu. Declarações nunca antes vistas. Não me contive e traduzi a matéria inteira.

Ewan McGregor: Sujo e Maravilhoso
By Joshua David Stein

O ator Escocês nunca teve medo de arriscar, abaixar as calças ou beijar um garoto. Agora ele se limpa.

Sydney, o poodle cor-de-areia de Ewan McGregor está fazendo cocô em um limpo gramado em Los Angeles. Ele olha o horizonte, pássaros cantando, e McGregor prepara a bolsa. De repente, surge uma cadela terrier no colo de um septuagenário que veste uma camiseta de maratona larga demais e um shorts muito apertado. Sydney, se vê entre duas paixões e não sabe se ataca imediatamente ou termina seu negócio. Seus olhos vão para frente e para trás. Então, num piscar de olhos, Sidney se decide, deixando o cocô metade para fora, metade para dentro. Momentos depois, timidamente, com ternura, McGregor ajuda Sidney com um guardanapo Le Pain Quotidien. “Ah,” ele murmura baixinho, “meu pequeno homem, Syd.” O tom do dia está definido.

Uma hora depois, nós três estamos sentados em um banco de piquinique do Will Rogers Park em Pacific Palisades. Bem, dois de nós estamos sentados. McGregor está deitado no banco, olhando para cima, de bunda para o oeste, pernas no ar, ilustrando uma quase profissional performance de nudez no palco. O incidente em questão envolve um inoportuno vaso cheio de água, dois espirros (do vaso, e um pouco depois, dele), em uma atrevida peça teatral de Joe Orton, com a primeira fileira cheia de aposentados britânicos, alarmados e excitados pela rápida aproximação de um traseiro nú de um então com 21 anos Ewan. "Então eu estou deslizando em direção a primeira fila bem assim," ele diz, "mas pelado, e pensando, E a primeira fileira? Eles acabaram de ver minha bunda vindo direto para eles." Para os que não tiveram a sorte de estar nessa primeira fileira, McGregor não vem sendo tímido desde então.

Existem duas coisas que minha mãe sabe sobre Ewan McGregor: Ele escreveu Desejo e Reparação [na verdade o autor do livro se chama Ian McEwan] e que ele adora abaixar as calças. Um acerto em dois, não está tão mal. "Eu sempre tento não me limitar em nada," explica McGregor com sotaque escocês suavizado pelos anos vividos em Londres e, mais recentemente, em Los Angeles, onde ele vive com sua mulher, Eve [aaaah ):], e três filhas. "Tento não me limitar em nada, sexualidade é um deles. Eu poderia dizer 'Eu nunca faria nudez gratuita.' Espera, não. Eu provavelmente faria. Eu provavelmente ficaria feliz em fazer." Na verdade, como a minha mãe constantemente relembra, ele fez. Desde sua primeira exposição frontal completa - durante um ensaio para uma peça sobre Holocausto na Escola de Música e Interpretação Guildhall - dificilmente se passou uma ano sem que as partes íntimas de McGregor fossem gravadas em celulóide. "Eu me lembro de sentir uma certa ansiedade na primeira vez, um leve sentimento de poder sobre isso, sabe?" lembra McGregor. Sua bunda, desde que teve sua magnífica estreia em "O que o mórdomo viu", já foi vista por milhões e seu pênis também fez aparições nas telas com frequência - em Trainspotting, O Livro de Cabeceira, Velvet Goldmine - merece seu próprio reconhecimento do Oscar.

A longínqua lenda do pênis de McGregor, lançando sua longa sombra sobre as colinas de Hollywood distrái uma calma, corajosa e super variada carreira. Ele não é só um astro rápido de apenas um truque. O de longa-data e finalmente há alguns passos de sua estreia, Eu te amo Phillip Morris - um filme ótimo e muito, muito gay - não é uma aberração, mas um dos filmes mais centrados de McGregor, demonstra mais uma vez sua carreira incomum. Como várias de suas escolhas, Eu te amo Phillip Morris não é um filme fácil. Baseado em uma história real (e um livro de Steve McVicker lançado em 2003) o filme segue Steven Russell, interpretado por Jim Carrey, um charmoso vigarista e incorrigível artista da libertação. Em 1995, durante uma temporada na penitenciária Harris County Jail em Houston, Russell encontra Phillip Morris - personagem de McGregor, um belo loiro sulista - na biblioteca da prisão. Morris estava procurando por uma cópia do The Federal Reporter em uma prateleira alta. Seus olhos se encontram, faíscas surgem, Russell fica excitado, e Morris, feliz como um gato que ronrona e se arqueia na mão que o acaricia. HOT.

Apesar do fato de estrelar talvez o ator mais rentável de Hollywood - os filmes de Carrey tem uma renda bruta de 4 bilhões de dólares ao redor do mundo - Eu te amo Phillip Morris definhou e não teve uma distribuição interna por mais de um ano, mesmo depois de uma forte exibição em Sundance no sua estria em 2009. "Em Sundance todo mundo achou que seria um estouro," diz McGregor, "mas não foi." Talvez um dos motivos para isso seja que o personagem principal seja antipático (ou difícil de ser amado). Mas uma razão mais provável é que em células, beliches, barcos, antes do pôr-do-sol, após o pôr-do-sol, em divãs, dois homens se beijando, se agarrando, transando, de mãos dadas, dançando. Resumindo, eles agem como amantes agem, e, porque Morris e Russell são abertamente gays e sua homossexualidade não parece ser problema para eles, essa é uma proposta arriscada comercialmente falando.
"Houve uma conversa," diz McGregor, "a Disney impediu o lançamento até depois de Os Fantasmas de Scrooge sair. Eles não queriam crianças pensando Ebenezer Scrooge [o personagem de Carrey] como um festeiro.

Quando estreiar nas salas de cinema americanas, Eu te amo Phillip Morris será, de certa forma, tido como "filme-gay". (Ou não, talvez seja não-gay, desgayzado, ou menos-gay.) Como uma tentativa de escontrar distribuição americana, o filme foi bem cortado, deixando de fora algumas das partes mais gays.
No entanto, Eu te amo Phillip Morris é gritante e insistentemente gay. Carrey, como Russell, vê pintos e tudo mais: núvens, baguetes, ele mesmo. Em um certo ponto, ele grita, de um jeito bem Scrooge, “Eu sou gay, gay, gay, gay, gay.” Mas Carrey interpretando um gay é 80% Jim Carrey e 20% o personagem. Morris de McGregor, no entanto, há apenas uns traços de Ewan McGregor. Em seu lugar, há um personagem manhoso, parte lobo, parte ovelha, e totalmente formado.

"Estou muito contente que seja um filme gay," McGregor insiste. "Teve bastante gente dizendo no Sundance que 'Bem, isso não é um filme gay. É um filme sobre caras que por acaso são gays.' E eu estava pensando, isso é completamente um filme gay. É sobre um casal gay, sobre a sexualidade de um homem, e isso é visível. Não é o ponto do filme, mas não vamos fingir que não é um filme gay."

Eu te amo Phillip Morris talvez seja um espécie de lançamento para Carrey, McGregor já beijou homens durante toda sua carreira. "O primeiro personagem bissexual que eu interpretei foi em (no ano de 1996) O Livro de Cabeceira. Há muito sexo nesse filme. Nós nem nos preocupavamos em colocar roupas entre uma cena e outra. Eu tive uma cena de sexo tipo completa com um japones de 75 anos," ele lembra [estou pasma!] "Nós nos beijavamos, e eu estou me lembrando. Ele tinha um bigode e isso é meio estranho. Oh! Isso é definitivamente escroto! Isso é bizarro."

Embora seu momento homo tenha se perdido um pouco em Trainspotting, em seu próximo filme, Velvet Goldmine, dirigido por Todd Haynes, ele interpreta um personagem 'cover' de Iggy Pop enquanto Jonathan Rhys Meyers faz o que seria David Bowie, e nos mostrou sua disposição e talento para beijos homossexuais com uma audiência mais ampla, feito isso, trouxe uma série de fantasias aos sonhadores homens que mantem seus lábios fechados. Na verdade, pensando bem, talvez seja o beijo gay mais satisfatório já exibido em um filme.

Tem tudo o que é necessário: Gold Lamé, uma frase de Oscar Wilde ("O contorno de seus lábios reescrevem a história"), a ilusória vulnerabilidade de McGregor com seu largo sorriso, a beleza que chega a ser cruel de Meyers. Ah, e sombra de olho - escuras, glamurosas, kilos de sombra. "Eu me lembro de quando beijei Johnny," diz McGregor. "Estavamos apenas ansiosos para o fim do dia. Foi um momento eletrico, porque a gente olhava em volta e tinha uns eletricistas britânicos - todos homossexuais não assumidos bem machos, eu suponho - dizendo "Merda, não." Mas eu gosto de beijar homens em cena. Como um cara hétero, é uma proposta bem interessante. Qualquer coisa em um filme que me surpreenda como isso, é excitante, é ótimo."


Jugando pela sua carreira, muitas coisas parecem excitar McGregor. O ator menos guiado pela usual obcessão de Hollywood do que pelo saudável sentimento de aventura correndo nas veias (Aliás, em 2008, ele foi o modelo oficial de uma colônia de Davidoff chamada "Aventura"). Por duas vezes McGregor cruzou o mundo em uma motocicleta com seu amigo Charley Boorman, da primeira vez numa linha de latitude, na segunda em uma de longitude. [É mole ou quer mais?] (Essas viagens resultaram em dois programadas de TV, Long Way Round e Long Way Down.) [O canal National Geographic passou aqui no Brasil o programa "Em duas Rodas" que relatou outra viagem de Ewan e Charley, pela África, confira aqui.]

Seus papéis são aqueles de uma mente curiosa, faminta por maiores e diferentes sentimentos, não necessariamente aqueles mais rentáveis. Mas o que Hollywood pode ver como papéis terríveis, McGregor considera seus melhores trabalhos. "Quando se chega ao topo, eles realmente não querem se arriscar, e é exatamente esse risco que torna o filme tão delicioso," ele confessa. "Quando pessoas me abordam para conversar sobre qualquer filme do tipo Velvet Goldmine, é muito mais interessante do falar, por exemplo, de Anjos e Demônios."

Então, embora McGregor tenha lutado na Batalha de Naboo, ele também já se masturbou como James Joyce (em Star Wars episódios I, II e III e em Nora, respectivamente). Ele foi um homem da música e da dança em Abaixo o Amor e no estrelar Moulin Rouge e uma figura de ação em Falcão Negro em Perigo. Mas em filmes menos conhecidos como Pecados Ardentes, A Passagem, O Livro de Cabeceira, Phillip Morris, e o ainda em fase de produção Beginners, do autor indie Mike Mills, McGregor dá vida e profundidade a personagens que são raramente escritos e ainda mais raramente tirados do papel. "Eu sempre me interessei em interpretar pessoas diferentes, em diferentes situações," ele diz sentando ereto, ficando sério de repente e olhando o Oceano Pacífico na nossa frente. "Para mim não importa se a pessoa está apaixonada por um homem ou uma mulher. Eu acho a ideia de amor e romance interessante. Eu vivo em busca disso. Eu gosto de interpretar alguém apaixonado porque eu gosto da sensação que isso tem." Ele pára e dá um tapinha afetuoso em Syd. "Pessoas fazem coisas extraordinárias quando estão apaixonadas."
Eu te amo Phillip Morris estreia nos Estados Unidos no dia 23 de abril e no Brasil em 04 de junho.

Selinho em Cerimônia

No dia 1º deste mês, Jim Carrey e Ewan foram condecorados com a medalha Chevalier Des Arts Et Des Lettres, pelos serviços prestados à cultura na França. A dupla, recebeu a homenagem das mãos do ministro da Cultura da França, Frederic Mitterrand. Durante a cerimônia realizada em Paris, os atores, bastante conhecidos pela irreverência, trocaram um selinho, em frente às câmeras, ao serem abordados pela imprensa.


Rodrigo Santoro

Também está no elenco nosso brasileirinho com os pés em Hollywood, Rodrigo Santoro. Vejam duas fotos de cenas que ele compartilha com Jim Carrey e um poster que eu achei super divertido (provavelmente não é oficial):

Só para constar, outro que já esteve na cama com Ewan:

Ele não é fraco não, hein?! Mas acho melhor terminar esse post com uma foto bem máscula do hooot Ewan McGregor!

Trailer de Eu te amo Philip Morris:

2 comentários:

  1. Algo óbvio? Odeio o sorrisinho dele!
    You know that,mas anyway...Parabéns pela publicação da matéria,amiga :)

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  2. ah esse parece imperdível...só de ver o ewan mcgregor tá valendo.

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